Mas afinal essa zanga não acaba?

Na minha segunda gravidez passaram-se coisas muito estranhas. Uma delas é que desenvolvi uma zanga inexplicável com o meu parceiro. Eu não saberia dizer exactamente quando ela começou, só me lembro de ter passado a maior parte da gravidez zangada com ele.

Eu zangava-me por e com tudo relacionado com ele. Não tinha paciência com ele. As anedotas dele não me pareciam nada engraçadas. As vezes não suportava o cheiro dele; Para mim, ele não fazia nada bem e penso que esse sentimento me levou a desenvolver uma atitude beligerante com ele. Muitas vezes eu me sinto como se estivesse numa guerra com ele e que preciso atacar para não ser atacada. Quando estou consciente não gosto nada de sentir-me assim mas sinto que essa situação me supera. Eu não sei explicar porquê me sinto zangada, mas me sinto assim.

Continue reading “Mas afinal essa zanga não acaba?”

Com toda hidratação do mundo as vezes uma estria se escapa

Uma das recomendações que recebi na minha primeira gravidez e, que me foi muito útil, foi a de hidratar e massajar a barriga e mamas com óleos vegetais para ajudar a pele a manter-se elástica e saudável no processo de esticar-se durante a gravidez.

Hidratar a pele é bom por vários motivos. Entre eles, produz uma sensação agradável ao não sentirmos a pele a esticar-se, nutrimos vários níveis de tecidos da nossa pele, alimenta a pele e, evita o surgimento de estrias. Não é que eu ache que as estrias sejam más, mas fui socializada com padrões de beleza sem lugar para elas. Evitar o surgimento das estrias é um dos motivos que me fez ser disciplinada na hidratação da minha pele durante as minhas gravidezes.

Hidratar a minha barriga em particular era muito prazenteiro para mim. Sempre que possível, eu dedicava uns bons minutos à essa actividade em frente ao espelho. Me permitia acompanhar o crescimento da barriga e deleitar-me com essa magia natural de carregar outro ser humano dentro do meu corpo. Nesse momento eu também enviava mensagens para as minhas bebés, afirmando coisas que gostaria que el@s fossem – felizes, livres, just@s, corajos@s, curios@s, amoros@s, suficiente, etc. Era, definitivamente, um momento de conexão com @s minhas bebés. Por outro lado, a hidratação à barriga resultou ser uma boa (mas não única) oportunidade para o meu namorado conectar-se com a minha primeira bebé. Ele me fazia massagens à barriga, e as vezes fazia as suas reflexões sobre a experiência e expectativas e outras vezes, conversávamos sobre as nossas diferentes experiências da gravidez e de como gostaríamos de criar a criatura que estava a caminho. Continue reading “Com toda hidratação do mundo as vezes uma estria se escapa”

Será que o peido pode ser empoderador?

www.pnitas.es

Uma das coisas que me surpreendeu da gravidez foi o aumento da flatulência. Durante a minha gravidez eu praticamente me tinha convertido numa botija de gás andante. Eu fazia constantes concertos de trompete, apesar de nem sempre do agrado das pessoas a minha volta.

Esta condição das mulheres gestantes era total novidade para mim e aprendi que é algo completamente normal e tem a ver com as adaptações do nosso corpo para facilitar a gravidez e o parto natural. Quando ficamos grávidas o nosso corpo aumenta a produção da hormona progesterona o que faz com que a nossa digestão fique especialmente mais lenta, aumentando a produção de gases. E, o nosso corpo reage expulsando os gases através de peidos e arrotos. Algumas coisas que podem atenuar esta mudança é vigiar a alimentação e eliminar ou reduzir aqueles alimentos que nos provocam mais gases. Estes variam de pessoa para pessoa, porém alguns alimentos na lista dos principais suspeitos incluem a cebola branca, os feijões, as lentilhas, a couve-flor, os fritos, as bebidas com gás. Fazer exercício com regularidade e beber muita água também podem ajudar a atenuar a produção de gases ao melhorar a digestão.

Por outro lado, na medida que a gravidez vai se desenvolvendo, o aumento da progesterona também tem a função de relaxar os músculos de forma a facilitar o parto, o que limita a nossa capacidade de segurar os gases dentro. E aí é que a história se complica, se o gás estiver pronto para sair, não importa o quanto a gente aperta mas ele vai sair sim, com ou sem estilo.
Continue reading “Será que o peido pode ser empoderador?”